domingo, 29 de maio de 2011

De malas prontas...


Em breve, o Coisas (cofcofcof) estará de casa nova. Mudança dá um trabalho...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sejamos Gays. Juntos. Mesmo não sendo!

(da série: um daqueles posts com licença poética)

"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito". Albert Einstein



Quem não passa mais de 24h sem acessar o Twitter deve ter visto nos Trend Topics Brasil (espécie de ranking dos assuntos mais falados no microblog, que aparece bem na lateral) a hashtag #EuSouGay.

Para os que não acessam o microblog, não precisa se assustar com o convite. O Coisas não perdeu o juízo (juízo quem?) nem a pessoa aqui mudou a orientação sexual. É que o assunto que está no topo dos Trends (ou apenas "TTs", pode chamar assim, Arnaldo?) hoje despertou a curiosidade.

E quando milhares de pessoas assinam um tuite com a hashtag #EuSouGay num país ainda tão cheio de intolerância, ódio, homofobia e tantos outros preconceitos, ou milhares de pessoas decidiram “sair do armário” coletivamente ou alguém decidiu se posicionar e conseguiu mobilizar milhares de pessoas.

O nome desse alguém é Carol Almeida. E a explicação de toda essa movimentação está neste link aqui e reproduzida, na íntegra, logo abaixo:


Sejamos Gays. Juntos.

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Tarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só!

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados:Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: “Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa — Carol, convite aceito!

domingo, 10 de abril de 2011

U2 360º: eu vou, baby!

(da microssérie: a very, very, very beautiful day)

O faniquito para assistir ao show do U2 de perto não é de hoje, senhoras e senhores. Só que o Coisas era de Brasília e não de São Paulo da última vez que a turnê do U2 veio ao Brasil, em 2006.

“Ah, mas eu vou ficar o dia todinho na internet e ligando pra central de vendas e compro, aham, compro sim. Tou desempregada mesmo nessa terra candanga, alguma vantagem hei de ter sobre os que trabalham, pó deixar!”, dizia a bonitona aqui, pra ela mesma.

O site era o lazarento do Ticketronic. Que fez o favor de cair enquanto milhares de pessoas em milhares de filas esgotavam com os ingressos nos pontos de venda em São Paulo (porque, não: não tinha ponto de venda em Brasília). Vertigo Tour já era.

E a pessoa que vos escreve, que passou uma semana na frente do computador e pendurada ao telefone na tentativa frustrada de comprar os danados dos ingressos, passou também uma semana aos prantos. Uó, uó, uó.

Na época, “A beautiful day” era música de acordar, “Elevation” de fazer faxina (tem como fazer qualquer coisa, mesmo uma faxina pesada, sem ficar animado com essa música, só me fala!) e “Sometimes you can´t make it on your own” era a música de chorar as pitangas lembrando o tanto que eu me pareço com a minha mãe e quanto sentia falta dos meus – parentes, amigos, bichos, discos e livros.

Pois bem: cidade nova, vida nova, turnê nova. É a vez do U2 360º Tour. Especula pra cá, divulga acolá e começam as vendas. E quem disse que dava pra comprar. O site, agora o Tickets For Fun nod dava 14 minutos de acesso apenas – quando conseguíamos entrar – e... travava! Poutz... não vai rolar. Bora correr pro ponto de venda. Que ponto de venda? Se o povo tinha passado a madrugada na fila. Menos de duas horas depois, ingressos pra (até então única) apresentação, de sábado (ontem), finitos. #perdeuplayboy

Imagina a frustração.Tem noção que um dos argumentos pró-mudança-brasília-sampa foi: “pelo menos, quando tiver show do U2, eu vou!”? E agora? E agora que divulgaram outro show. E como tudo é lindo no final, os ingressos estão bem aqui, guardados há meses na gaveta - e conferidos quase que diariamente!


Todo o mérito pra Erika Sicchieri (@erikasicchieri #sualinda) que disse bem assim: “a gente vai conseguir comprar... a genta vai, #fato!”. E não é que a gente vai mesmo? \o/

E a pessoa, que estava mantendo a compostura até agora, perdeu o sono na noite passada, não para de pular pra lá e pra cá e já assumiu publicamente que vai dar piti! #prontofalei


sexta-feira, 25 de março de 2011

Agora é assim: sexta-feira, duas rodas.

Quem conhece a coisadinha aqui sabe que ela não curte muito esse negócio de moto. Pois ela, que sou eu, comprou (comprei, compramos) uma moto. E um capacete, que é pra andar em cima da danada da moto.

Ando suspeitando que a rejeição por esse veículo deve ter raízes profundas. Não sei se chega a ser coisa de vidas passadas (sim, acredito em vidas passadas e condenem-me àlavontê aqueles que creem que só eles é que vão residir na morada do senhor, com todo respeito). Mas até o útero, ainda me arrisco!

Um passarinho chamado “mamis” me contou que, quando eu tava lá, “dentro da barriga dela”, o meio de transporte do casal Silva (hehehe eu não sou Silva) era uma motoquinha. Pensaí: dona Sol lá montada na moto, com um barrigão danado e essa lindeza de nariz arrebitado em formação lá dentro, chacoalhando que só ela (vai ver que esse gingado que faz até a loca, loca, loca da Shakira parecer uma piada veio daí) e seu Zé pilotando a lambretinha.

(Pode ser que não tenha sido tão-bem-assim, mas quem escreve aqui sou eu, já passou das 17h30 e ninguém mais manda nimim nem nas minhas vírgulas. É, é: nimim. Sem aspas. Só uso aspas se eu quiser! Rá!)

Para por aí não, hein? Ladeira abaixo, ladeira acima (seu Zé que se defenda no seu direito de resposta), e a belezura aqui, agora já do lado de fora, em ambiente terrestre e oxigenado, sem aquela aguacera toda que pelo menos amortecia os solavancos, ainda teve que dividir a garupa da moto com o irmão – esse sim ainda aproveitada o colchão de água da barriga da mamis.

Pois! Dois filhos, um ainda dentro da senhora sua então esposa barriguda (que devia era chingar horrores por dentro), e seu Zé querendo pagar de Marlon Brandon do Nordeste. Veio o ultimato então: ah, nêgo (eles se chamavam assim hahaha), dois filhos, uma moto, não dá né? pelamor!

Veio um fusquinha amarelo. E um troca-troca de carros que passou por monza, escort (é assim?) e outros que eu nem conheço, que carro pra mim é algo enigmático. Pois bem. Seu Zé tava feliz? Tranquilo? Nada... a idade do lobo foi chegando e, com ela, uma Kawasaki Ninja (uuuuuuuhhhhh). Agora f*, pensei eu, pensou ela, pensamos nós!

A minha carona pra casa era a sensação na hora da saída do colégio sempre que seu Zé me buscava. Os menininhos todos babando. Pela moto, claro. Nooooossa, essa moto do seu pai é muito "massa" - a gente usa "massa" por lá, tá massa?. E eu (pai, mãe, com licença da palavrinha) com o * na mão. Pode falar cu? Pode não né mãe? Mas era isso mesmo. Cu, cu, cu. Falei. Afff que libertador. Dá até vontade de acentuar, como uma amiga acentuou hoje, só pra dar mais ênfase ainda ao dito cu(jo).

Pronto. Crise de garupa resolvida. É isso. A culpa é sua, seu Zé! Que não me preparou pra ser garupa nas avenidas dessa vida bandida. Agora (es)tou eu aqui, de novo, toda trabalhada na tensão (calma, não vou mais falar que a tensão é no *), montada na garupa, tentando manter a compostura e fazendo parte do “bi bi bi bi bi bi” que todo paulistano conhece bem, toda-santa-sexta. Sã, salva e tensa!


Em tempo: que fique claro que namorido pilota é muito bem. O inferno são os outros, já disse alguém famoso - provavelmente em outro contexto.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ela sabia...

Chega. Ela temia tanto chegar aos 26 que passou dos 28 e nem notou. E nem doeu também. Sabe que foi até gostoso? Arrumou tantas desculpas para não escrever pra ela mesma que, quando chegou a hora, ficou sem graça. Sem graça de voltar assim, sem nenhum escrito genial, coisa honesta. Sabe assim?

Foi acometida de preguiça, de cansaço, de desestímulos, de textos alheios. Escreveu mais de cem por mês, todos esses meses. Sempre ajustando, modificando, alterando. Sempre ao gosto do freguês (quem aqui nunca teve vontade de mandar o freguês...?). Sempre submissa.

Mas com aquele meio sorriso de quem constata que... lá em algum lugar, sabe*. E sempre soube que sabe, mas queria fingir nada saber – que era pra parecer tão inteligente quanto Sócrates, Platão e aquela galera lá da Grécia que jurava, de pés juntos, não saber era de nada!

Às vezes as coisas até aconteciam: um show, uma manifestação, um passeio na praia, um reencontro, vários desencontros, um casamento, uma gastrite, uma tatuagem nas costas, uma corrente russa, um quadro bordado a mão, óculos escuros. Mas não estavam geograficamente bem localizadas pra se enquadrarem nas #coisasdesaopaulo. Coisas, coisas, coisas. As coisas eram ela, oras! Aqui, lá, acolá...

Pois ela volta assim, de mansinho e sem graça, pra dizer que ainda tem coisas a dizer. E coisas que são suas. Não só palavras, vejam bem. Pensamentos, ideias, emoções (ins/trans)pirações... aquela coisa que a gente sente na garganta, aquela coisa que aperta o peito, aquela coisa que faz rir, que faz chorar, cantar de mãos dadas, emanar boas energias, parecer que se tem um transtorno bipolar. Uma rolha de cortiça. É isso. É isso o que esse post é. O vinho, se não tiver avinagrado, vem por aí. Se vai ter esse borogodó todo de ser demi sec, com toques acobreados, frutados, vivos e notas de ambrosia com baunilha... aí, eu já não sei.


* Pra garantir, ela comprou livros pra saber mais. E, pra mostrar que até em outras línguas ela sabia que sabia, os comprou em Inglês, you know?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Promessa antecipada de final de ano...

Escreverei, escreverei, escreverei.

Enquanto isso, dêem uma olhadinha aqui.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quero um blog novo

E cheio de novidades. Será?

sábado, 3 de abril de 2010

Fila de banco, Banco do Brasil.

É de chorar. Só em pensar que no outro dia terá de se enfrentar uma fila de banco, o ser humano dorme é mal e já acorda azedo. Porque a fila, pelo próprio princípio de ser fila, não é nada prazeroso – quer prazer maior do que ouvir o seu nome ser chamado ou o número da sua senha piscando e piscando, anunciando o fim da sua agonia?

Pois bem. A fila do banco, além de deixar o sujeito, no mínimo, mais pobre, só pode significar uma coisa: bucha. Ou você se esqueceu de pagar uma conta (sabe como é, tava sem tempo) e agora tem que ir lá pessoalmente, ou não conseguiu resolver o problema pela Internet, ou precisa receber a pensão e acaba descobrindo que está devendo mais de R$ 500,00, ou passou num concurso público para a prefeitura do município e precisa abrir uma conta.

Ou, no auge da imaturidade dos seus 22 anos, casou-se com uma coisinha (xápralá), se separou (viva!), não conseguiu abrir a conta-poupança com o seu nome de solteira (afinal, ainda estava casada) e vai tentar reparar isso com o gerente do banco porque, agora sim, a papelada está sacramentada e ninguém merece carregar o nome de um encosto na carteira. Tudo bem: o verdadeiro motivo foi não submeter o, agora sim, amado à situação (vai que ele, assim, sem mais, dá de cara com o cartão e ta lá a impressão MILENA M. A. NONONO?).

Pois bem de novo. Hora do almoço, ficha número 57. F..., pensei. Passa pelo detector, sobe escada, senta e espera. O Dudu veio logo rindo pro meu lado, brincando de se esconder e depois correndo pela agência. Ele era o único que não estava irritado. Pudera, o garoto, filho de uma boliviana, deveria ter, no máximo, dois anos. A mãe dele já não estava tão feliz assim. Foram embora. Voltaram meia hora depois. Ainda não haviam chamado o número deles.

Um moço careca me deu uma ficha de número mais baixo, 52. Bendito seja ele.

Os ânimos se exaltaram e, os mais inquietos, se levantaram para protestar com a gerência (mas cadê os gerentes?).

A senhorinha de camisa regata e calça comprida não aguentava mais esperar: “Eu estou com tanta raiva, mas tanta que até esqueci o que eu queria falar com o gerente! Até já esqueci o que eu queria dizer. Ô, meu Deus e o frio que está aqui? Eu estou morrendo de frio! Você chegou faz muito tempo, moça? Chegou antes de mim? Ah, mas eu estou é com muita raiva”. Não, ela não teve atendimento preferencial.

Saí de lá cansada, mas triunfante. Meu atendimento não demorou mais do que 15 minutos (também, depois de duas horas de espera que bem serão descontadas do meu banco de horas, era o mínimo, hein?).

O cartão demora 10 dias úteis para chegar e há de me custar R$ 9,00, debitados diretinho da conta. O nome? MILENA MÉLO ALMEIDA. Soa bonito, não é?

terça-feira, 30 de março de 2010

Olha o passarinho!

Da janela do quarto alheio, no apartamento alheio, na rua alheia, no bairro alheio, na cidade... grande!


Nem parece, não é? Que isso aqui (ioiô) é um pouquinho de Sampinha (iaia).


segunda-feira, 29 de março de 2010

Saudade de cão

Por esses dias, fui convocada para fazer companhia ao cachorro da sogra, o Chico. Ele é um Cocker Spaniel, com 10 anos. Chegou à família ainda bebê e é muito, muitíssimo apegado à mãe dele. E, apesar de ser um tantiiiinho diferente de um Poodle Toy branco e descompensado, com dentes prognatas, me fez lembrar o Gustavo, o meu Guga (que também já tá velhinho).


Estar na casa de outro alguém, com a família de outro alguém e até o cachorro de outro alguém – por mais dessemelhante que sejam espaço, pessoas e raças – me faz lembrar a minha. E lembrar também o quanto eu me sinto, muitas vezes, filha de uma chocadeira nessa cidadona que não tem fim. Sem referências, sem os que me conhecem menos superficialmente. E sem o meu ensandecido Guga, que me fez companhia, acordado ou dormindo apoiado nas minhas costas, por tantas e tantas noites, tantos (e quantos!) anos.

Não nasci e não cresci aqui, nessa tal de São Paulo. O meu parto cesariano não foi feito naquele hospital perto da Av. Paulista ou da Nove de Julho e menos ainda de uma avenidona cheia de glamour. O meu pai não saiu gritando em 1982 “nasceu, nasceu a Miss Brasil 2000” nas ruas desta cidade (tadinho, gente!). Não sou nem filha única, quem dirá uma princesa Barbie que sempre teve tudo o que quis.

Mas também não pensem que passei por tantas necessidades assim: sempre tive aquelas coisas que não se compram, sabe? Além de bonecas, aulas de balé e inglês. A questão aqui não é dinheiro.

Não estudei naquela escola da esquina. Naquela universidade particular então, nem pensar! E você acha que frequentei os bares da redondeza com os amigos quando deveria estar na sala de aula? Ah vá! Não conheço aquele moço da tevê. Não sou conhecida do manobrista daquele estacionamento, sabe qual é? Aliás, nem carro eu tenho e, do jeito que anda o holerite, acho muito improvável mesmo conseguir comprar o primeiro antes dos 35 (e olhe, olhe!). Ah, e sabe aquela balada que fica naquela rua, perto daquela outra balada que as pessoas mais badaladas vão? Também nunca fui!

Não brinquei naquelas ruas, não andei de bicicleta ou patins. Menos ainda de brinquedos eletrônicos (nunca ganhei um). Gente, e aquela marca de roupa ou de chocolate que eu nem sabia que existia até três anos atrás e que por aqui já era moda desde os anos 80? Eu sou uma ET!

A verdade é que tenho fugido da aproximação dos meus nos últimos tempos: sem muitos telefonemas, e-mails ou sinais de fumaça. Tenho provocado essa distância, nem tão inconsciente assim. Porque essa aproximação, quando se está distante fisicamente, dói. E como tudo nesse mundo de Deus (que, pra mim, tem o D maiúsculo) é paradoxo, a presença deles, ainda que fisicamente distante, me fortalece.

Por esses dias, quem dormiu comigo, tranquilão, me lembrando tudo o que eu tenho e o que eu não tenho aqui, foi o Chico. Até roncou! E, temporariamente, isso nos bastou – a ele e a mim. Tudo bem que, quando a mãe dele, o safado não quis mais conversa. E ficou bem bravo quando me aproximei para me despedir... exatamente como o Guguinha faria.

Nem as músicas do Chico – seja Buarque, César ou Science – me transportaram para uma viagem melancólica tão ao cerne do centro do núcleo de mim mesma quanto o Chico, que é só Chico. Vôte!

domingo, 28 de março de 2010

Sabe o Cow Parade?

Pois olha o desaforo: esse foi o melhor ângulo que eu consegui. Constrangedor, não é? A senhora vaquinha que o diga!

Ah, elas ainda estão por aí, hein gente?

segunda-feira, 22 de março de 2010

22 de março | Dia Mundial da Água

No Dia Mundial da Água, a Folha Online - versão para a rede de um dos maiores periódicos do país amanheceu assim: azul, azul.


A justificativa é bem simples: patrocínio. "Esta página está azul para marcar o Dia Mundial da Água, numa ação patrocinada pelo Movimento CYAN da Ambev".


O movimento, iniciativa da Ambev, foi lançado hoje no Parque do Ibirapuera e não tem data para acabar. Ele tem o objetivo de "convidar empresas, a sociedade e, principalmente, você, a ver a água e enxergar seu valor". E, é claro, criar um impacto positivo no consumo de água no futuro.

Você pode assistir a tudo o que acontece no #movimentocyan (sim, ele já está no Twitter) pelo site do evento: http://www.movimentocyan.com.br/


quinta-feira, 18 de março de 2010

Fórmula Indy em Sampa



Isso foi tudo o que eu vi da Fórmula Indy. Sim, sim, passei bem na Marginal Tietê na hora que a prova estava interrompida (bem, numa das vezes em que ela foi interrompida, vamos combinar?). Que saco, hein? Nem o barulhinho!

Mais aqui*.


*É. Namorado reclamou, bateu pé, mas o professor mandou fazer um blog! Nunca cuspam pra cima, meus caros...

O melhor yakisoba da região: gostoso e “balato”!

Da série_Comidinhas bem gostosas (sem trocadilhos infames, por favor!)


De tanto ouvir falar no moço que faz o macarrão bem na sua frente – “ele puxa e estica e enrola a massa, sem ajuda de nenhum apetrecho, é um barato!”, diziam-me – aproveitei a visita do meu pai para conhecer o Rong He. E passei mais de um ano para voltar até lá, não por falta de vontade, que fique muito claro.

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O restaurante bem honesto e legitimamente chinês, especializado na culinária do norte da China (massas, para ser mais específica), fica na Rua da Glória, no bairro mais oriental da paulicéia.

Eis que, no meu último aniversário, por volta das quatro horas da tarde, resolvemos – amor da minha vida e eu (lindo isso, não?) – que era passado o tempo de comer algo: “E agora? Vamos aonde? Que tal aquele restaurante que você falou na Liberdade? Será que está aberto? Ah, a gente tenta!”. E fomos. E estava aberto. E, desde então, várias vezes mais.

No cardápio, bifum, sopa de milho, de legumes, muitos (mas muitos) macarrões ensopados. Além de comidas mais esquisitas, como as de porco, uma espécie de pizza e outras que não consegui identificar.

Nós fomos de rolinho primavera (R$2,50) e do melhor yakisoba da região (R$28,00, se não me falha a memória), que vem com uma tesoura para cortar o macarrão que é meio infinito (e também ajuda no manejo do mais gostoso de todos os brócolis). O prato serve tranquilamente de duas a três pessoas – desde que não sejam ogrinhos.

Os chineses são os mestres do macarrão, vamocombiná! Há um vidro separando a cozinha e a salão. A criançada adora ficar colada no vidro (tem até cadeirinha pra facilitar a visão delas) e confesso que eu também, hein? Fico bem embasbacada.

E só o espetáculo que é assistir ao chef Yang preparando a massa, em um minuto de relógio, já vale a visita ao restaurante. Ele faz um feixe de 128 fios de macarrão com as mãos – não contei, mas li por aí! – que vão direto para a panela. E, pobre homem, já deve estar é um tanto cansado com a “demonstração da arte milenar do macarrão” todo santo dia.

O lugar é simples, mas bem bonitinho, considerando que a decoração chinesa não é lá das mais elegantes (medo de uma escultura azul de carpas no balcão, logo na entrada). As paredes cor-de-rosa – “detalhe” que só percebi da última vez e que me trouxe uma lembrança terrível da época em que eu convenci a minha mãe a pintar todas as paredes e móveis do meu quarto dessa cor – estão repletas de matérias penduradas sobre o mestre do macarrão.

Bem legal também é ver o senhorzinho e seus ajudantes montando as entradas. Uma noite dessas, ele fazia gyoza (que pode ser frito, cozido, no vapor, de carne, frutos do mar ou de porco) e umas entradas bem diferentes. E quando digo diferente quer dizer que não tenho a menor ideia do que seja.

A dona é muito simpática, o restaurante é limpinho e os garçons atenciosos. Às vezes, há certa gritaria entre o pessoal lá dentro. Nos horários mais concorridos, como no domingo passado, há uma bela fila de espera. Pelo menos uns 75% ou 80% cento da clientela do Rong He é de orientais. E a preferência é deles!

Uma dica bacana é ir em bando: quanto mais bocas, mais pratos diferentes você pode pedir e mais “balato” fica. Afinal de contas, em restaurante chinês você nunca pede um prato individual.

Para encerrar, Melona – um sorvete, que na verdade é picolé, que sai por R$ 4,00 e tem de vários sabores. Mas só na hora de pagar a conta, hein? Porque é a maior mancada comer na mesa, enquanto a fila lá fora aumenta! Ah, e não se esqueçam de levar dinheiro – cartão, só débito e apenas Visa Electron. E cheque eles também não aceitam. Balato!

Ó que tudo o chef Yang preparando a massa!

Restaurante Rong He Massa Chinesa

Aberto de terça a domingo, para almoço e jantar.

Rua da Glória, 622A, Liberdade (entre a Barão de Iguape e a São Joaquim).

(11) 3275-1986 | 3208-0529

quinta-feira, 4 de março de 2010

A dracena (ou dracélia, como diria "o" Felipe... é que os paulistanos usam o artigo, ó!)

É, gente, ainda não foi a vez do mandacaru. Depois de muito andar pra lá e pra cá, explorando a sessão de jardinagem da Leroy Merlim, escolhemos uma dracena pra varandinha do cafofo. É que o Felipe está implantando a Operação Varanda com Plantas Bem Bonitas 2010. E quando a gente ganha uma dracena, o jeito é pesquisar no Google! "Vai lá, amor! Pesquisa pra ela ficar bem bonita, não é?"
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Pois é assim*:
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Nome popular: dracena, dracena de vênus ou coqueiro de vênus.
Origem: África Porte: pode atingir 6m de altura
Flores: inflorescências terminais, espigadas bastante perfumadas
Cultivo: em canteiros isolados ou como cerca-viva
Solo: arenoso
Clima: quente e úmido
Luminosidade: meia sombra ou sol pleno
Irrigação: frequente
Dificuldade de cultivo: fácil
Adubação: use NPK rico em N anualmente
Curiosidade: os segmentos em tronco, quando colocados em pratos com água, brotam com facilidade, por isso são popularmente chamados de paus d'água.
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Além da plantinha, que é a coisa mais bonita, também chegaram ao cafofo um pratinho pra orquídea, que despetalou, para nosso desgosto mais profundo; um vasinho para o cacto, que era bem maior do que eu pensava, não coube; adubo, coisa que nunca mexi na vida; um borrifador de pressão bem chique; e um belíssimo kit de jardinagem (tão tutuco, gente, laranja!).
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O mandacaru e a agave bem que ficaram olhando pra mim, desconfiados, como quem pensa: Como é que é? Não vai levar a gente não? Depois fala que sonha com um mandacaru. E eu retrucando... calma, gente, há de chegar a hora, que “tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3). Agora dá licença que eu tenho uma dracena pra cuidar!
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Até agora, ela está toda serelepe com o novo lar. Vamos ver como a "dracélia" se comporta no inverno, né não?
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*Fonte: Paisagismo Brasil