sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ler a leitura alheia

Nesses últimos (quase) dois anos em terras paulistanas, andei me flagrando com uma mania bem feia: eu leio a leitura alheia!

Já reli trechos de Harry Potter, livros de autoajuda que eu, bem, não curto, apostilas de informática, inglês, jornais esportivos e a capa da Folha. Li também a bíblia, um livro que ensina a prender marido (que chegou um tantinho atrasado pra mim rs) e outro que ensina a conseguir um marido (!). Já invadi a privacidade de muita gente, como vocês podem perceber.

No começo achava surreal tamanha habilidade, destreza e paciência nas leituras em metrôs e trens. Sempre gostei de prestar atenção aos tipos e situações – às vezes medonhas – que se desenrolam nos vagões. Talvez seja um esboço pretencioso para ser uma cronista bacaninha um dia, hã?

O quê mesmo é o percurso. As pessoas gastam algumas boas horas do dia nesse vai e vem sobre os trilhos. E a leitura acaba sendo bem mais que um passatempo. É uma necessidade. E, na necessidade, ler, se equilibrar e preservar a sua integridade física é moleza!

(Saibam que agora eu levo minha própria leitura a tiracolo. Saramago tem se mostrado um ótimo companheiro de viagem).
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5 comentários:

Anônimo disse...

É um bom começo, começa a gostar um pouco do Palmeiras, depois passa a torcer pelo Leão da Ilha, o campeão da Copa do Brasil 2008.

Anônimo disse...

quase tudo que li de Camus foi dentro dos ônibus.

εïз mi disse...

flamengo uma vez, até morrer, flamengo. tá escrito e num tem jeito.

ton, altas leituras saculejantes. só te falo isso.

Unknown disse...

Que bom que voce voltou! estava com saudades mas não me atrevia a reclamar, sabendo da sua falta de tempo... e agora hein? nem vou saber escrever direito com essas trocas de escritas aí, eu já não era boa agora ....................

εïз mi disse...

eu tb hei de rebolar ainda com "o monstrinho" do acordo ortográfico rsrs