quinta-feira, 18 de março de 2010

O melhor yakisoba da região: gostoso e “balato”!

Da série_Comidinhas bem gostosas (sem trocadilhos infames, por favor!)


De tanto ouvir falar no moço que faz o macarrão bem na sua frente – “ele puxa e estica e enrola a massa, sem ajuda de nenhum apetrecho, é um barato!”, diziam-me – aproveitei a visita do meu pai para conhecer o Rong He. E passei mais de um ano para voltar até lá, não por falta de vontade, que fique muito claro.

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O restaurante bem honesto e legitimamente chinês, especializado na culinária do norte da China (massas, para ser mais específica), fica na Rua da Glória, no bairro mais oriental da paulicéia.

Eis que, no meu último aniversário, por volta das quatro horas da tarde, resolvemos – amor da minha vida e eu (lindo isso, não?) – que era passado o tempo de comer algo: “E agora? Vamos aonde? Que tal aquele restaurante que você falou na Liberdade? Será que está aberto? Ah, a gente tenta!”. E fomos. E estava aberto. E, desde então, várias vezes mais.

No cardápio, bifum, sopa de milho, de legumes, muitos (mas muitos) macarrões ensopados. Além de comidas mais esquisitas, como as de porco, uma espécie de pizza e outras que não consegui identificar.

Nós fomos de rolinho primavera (R$2,50) e do melhor yakisoba da região (R$28,00, se não me falha a memória), que vem com uma tesoura para cortar o macarrão que é meio infinito (e também ajuda no manejo do mais gostoso de todos os brócolis). O prato serve tranquilamente de duas a três pessoas – desde que não sejam ogrinhos.

Os chineses são os mestres do macarrão, vamocombiná! Há um vidro separando a cozinha e a salão. A criançada adora ficar colada no vidro (tem até cadeirinha pra facilitar a visão delas) e confesso que eu também, hein? Fico bem embasbacada.

E só o espetáculo que é assistir ao chef Yang preparando a massa, em um minuto de relógio, já vale a visita ao restaurante. Ele faz um feixe de 128 fios de macarrão com as mãos – não contei, mas li por aí! – que vão direto para a panela. E, pobre homem, já deve estar é um tanto cansado com a “demonstração da arte milenar do macarrão” todo santo dia.

O lugar é simples, mas bem bonitinho, considerando que a decoração chinesa não é lá das mais elegantes (medo de uma escultura azul de carpas no balcão, logo na entrada). As paredes cor-de-rosa – “detalhe” que só percebi da última vez e que me trouxe uma lembrança terrível da época em que eu convenci a minha mãe a pintar todas as paredes e móveis do meu quarto dessa cor – estão repletas de matérias penduradas sobre o mestre do macarrão.

Bem legal também é ver o senhorzinho e seus ajudantes montando as entradas. Uma noite dessas, ele fazia gyoza (que pode ser frito, cozido, no vapor, de carne, frutos do mar ou de porco) e umas entradas bem diferentes. E quando digo diferente quer dizer que não tenho a menor ideia do que seja.

A dona é muito simpática, o restaurante é limpinho e os garçons atenciosos. Às vezes, há certa gritaria entre o pessoal lá dentro. Nos horários mais concorridos, como no domingo passado, há uma bela fila de espera. Pelo menos uns 75% ou 80% cento da clientela do Rong He é de orientais. E a preferência é deles!

Uma dica bacana é ir em bando: quanto mais bocas, mais pratos diferentes você pode pedir e mais “balato” fica. Afinal de contas, em restaurante chinês você nunca pede um prato individual.

Para encerrar, Melona – um sorvete, que na verdade é picolé, que sai por R$ 4,00 e tem de vários sabores. Mas só na hora de pagar a conta, hein? Porque é a maior mancada comer na mesa, enquanto a fila lá fora aumenta! Ah, e não se esqueçam de levar dinheiro – cartão, só débito e apenas Visa Electron. E cheque eles também não aceitam. Balato!

Ó que tudo o chef Yang preparando a massa!

Restaurante Rong He Massa Chinesa

Aberto de terça a domingo, para almoço e jantar.

Rua da Glória, 622A, Liberdade (entre a Barão de Iguape e a São Joaquim).

(11) 3275-1986 | 3208-0529

4 comentários:

Jr disse...

Muito legal esse restaurante e o macarrão é bom mesmo!
Foi muito bom lembrar (se é que esqueço) de nosso almoço por lá depois de percorrer várias lojinhas do Bairro e comer - bem antes do almoço - no meio da rua uns pastéis de camarão feito por gente de olhos puxados. Foi um dia MUITO bom, como bons foram os outros que estive ai com minha filha amada.

.ailton. disse...

comida chinesa é bom. mas, para o mundo, a mão de obra chinesa é mais importante.

Anônimo disse...

não gosto muito de ler ,leio sempre o necessário e ponto!!!!!mas adoraria parabenizar a sr mi que estcreveu este texto me prendeu a atenção (coisa difícil)e tive vontade de ir até o fim !!!! parabéns vc nasceu para isso!!! ah lógico vou tbém conhecer o tal restaurante!!
Pati

Cristian disse...

Sim, um sorvete por US $ 4 pode ser um pouco caro. Mas tudo é caro em geral, mas certamente tenho a sorte às vezes visitar alguns de restaurantes em sao paulo com bons preços para o que você está vendo ultimamente espero mudar a tendência.