Expomusic 2007

Maníacos por música - e também os curiosos de carteirinha - puderam se esbaldar na Expomusic 2007 (24ª Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Afins), realizada entre os dias 26 e 30 de Setembro na Expo Center Norte, em São Paulo. O evento, que reúne os principais fabricantes nacionais e internacionais, é o maior da América Latina voltado aos profissionais do mercado musical e, segundo divulgação, recebeu mais de 60 mil pessoas neste ano.

Então vamos à feira. Começando pelo estacionamento, um verdadeiro assalto, R$16,00. Creiam! E o pior é que daria para ter ido de metrô – mas não sabíamos. Enfim. A não ser que você tivesse a carteirinha da Ordem dos Músicos ou um convite, concedendo entrada gratuita, o ingresso custava R$10,00. (1)

Como eu não conhecia o ambiente, nem sabia se poderia fotografar, não levei a câmera. Para quê? Digam-me! Passei o resto da feira me sentindo completamente desnuda e invejando os fotógrafos de plantão – profissionais e amadores. E quantos deles havia! Parece que todas as pessoas resolveram levar suas câmeras fotográficas. Ou, né? Como eu, tiveram que se contentar com as fotos dos celulares. Aviso logo: muitas fotos de baixíssima qualidade foram tiradas. Quer dizer, o resultado foi até melhor que o esperado, para contar a verdade.

Uma das cenas que mais mereciam ser devidamente registradas: o “abestalhamento” dos meus dois companheiros de exposição – o marido e baixista (Marcel Viana) e o cantor (Hélcio Filho), ambos do Zedisded, vale a propaganda – ao entrar no Expo Center. Impagável. Outra, um gurizinho tocando bateria quase de pé, de tão pequeno que era.

Vez por outra surgia um aglomerado de pessoas e presumíamos que havia ali alguém famoso. Numa dessas, eram os caras do Angra distribuindo autógrafos. Nas outras, honestamente, não deu para ver, pois, apesar da boa circulação, corredores amplos, com o passar das horas, o centro de exposição ficou cada vez mais cheio.

Sorteios. Inúmeros stands – claro que com a finalidade de colocar o seu e-mail em suas listinhas de spam – ofereciam cupons para que seus visitantes participassem de promoções. Lógico que preenchi e fiz os dois mocinhos preencherem todos os cupons que encontramos pela frente. Concorremos a guitarras, home studio, e nem lembro mais a quê. Mas não ganhamos nadinha. Ao menos cumpri bem a minha missão de pegar panfletos sobre tudo: cursos dos mais variados, gravação, lojas de instrumentos, etc.

Não sei bem se pelo esforço de acompanhar o pique daqueles dois, me senti mal, assim, no meio da feira. A tal da dor no estômago. Resisti o tanto que deu e fui sentar-me num cantinho. “Preciso urgentemente de um médico”, pensei. Eis que um cara, jovem, super descolado, me entrega um panfleto falando sobre Jesus (2), “Cada doido com a sua mania”. Isso é que é propaganda direcionada!

Era por volta das 14h30 quando chegamos. Mas eu só posso ficar até aqui, por volta das 17h00 mesmo. Afinal, o resto da feira, por mim, foi visto do chão, no cantinho da parede, onde escrevi a maior parte deste texto. Mas, fica a seguinte lição: esta pessoa que vos escreve jamais ousará sair novamente sem sua câmera, por mais incômodo que cause, às vezes, carregá-la. E antiácido é preciso!

Interessou? Visita o site da Expomusic. Quem sabe ano que vem... não é mesmo?

(1) Contabilizando, só por curiosidade – entre entrada, estacionamento, lanchinho, revistas e excluindo a gasolina – gastamos, em três, aproximadamente R$130,00. Não foi um passeio tão baratinho assim. Não à toa, várias pessoas levaram seus biscoitos, salgadinhos e cocas nas bolsas e mochilas!

(2) Também apenas por curiosidade, essa foi a segunda vez na mesma semana que recebi material evangélico.