Numa quinta-feira, por volta das oito da noite, começam os preparativos. Comidinha leve, pra não passar mal. Soube que o povo andou enjoando com o cheiro da gasolina e tudo mais. Minha mãe é prova de que a gasolina não me incomoda nem um pouco (diz a lenda que ela tinha vontade de beber o combustível quando estava grávida da minha pessoa, pode?). Mas, pelo sim pelo não, evitemos o sarapateu. A corrida só seria às 23h, num frio de doer.
Mas eu vou te contar: como é longe a tal da Granja Viana! O negócio fica em Cotia, fora da capital. Na verdade o lugar chama-se Kartódromo Internacional Granja Viana. Chiquérrimo. E bem carérrimo também.
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Lá os preparativos são outros: assinar um termo do tipo “se eu morrer a culpa é minha”, vestir um macacão horroroso e prender o cabelo bem direitinho, com esparadrapo e tudo, por baixo da balaclava (que é aquele gorrinho de malha que vai por baixo do capacete). O povo se alonga todo, parece até que vai correr uma maratona. Ah, e ainda tem uma aulinha de aproximadamente cinco segundos sobre as regras do kart, qual o significado das bandeiras e tal.
Marcados os tempos, lógico que a mulherzinha aqui larga em último na bateria, roda, é jogada na grama e atropelada pelos semi-profissionais de macacão profissional preto. E, lá pelas tantas, pega o jeito e até consegue alcançar o acelerador até o final pela primeira vez, mas não perde o medo das curvas. A velocidade chega a 60km por hora, mas a sensação é de que se está correndo bem mais que isso, já que você fica coladinho no chão.

Grid de largada
Nos dias seguintes, dói é tudo, não vou mentir. Mas que é o maior barato, é!
2 comentários:
Menina eu não sabia que era assim, pensei que tinha sido num parquinho infantil, vigii isso é perigoso!!!
15 dias antes da separação, ó!
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