sábado, 11 de outubro de 2008

Quem não vê bem uma palavra...

É, gente, o Coisas falhou na atualização. Mas percebam que a bagaça ainda tá valendo. Porque o assunto é o maior barato. Museu da Língua Portuguesa. Já ouviram falar? Pois. O museu é coisa recente, abriu as portas ao público em março de 2006. E foi um dos primeiros lugares que a minha pessoa visitou ao chegar por essas bandas.

O negócio é bem moderno, com uma estrutura pra lá de bacana. Diferente de todo e qualquer museu que você tenha conhecido. Já que, assim, ele é interativo. Até mesmo pelo próprio acervo, que é a nossa língua – parte mais que fundamental da nossa identidade cultural: é o que nos une (como diz o sábio banquinho na entrada do museu).
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Tenham noção que os elevadores de acesso aos andares, que são três, têm vista para a tal “árvore de palavras”, uma escultura de 16 metros de altura criada por Rafic Farah. Que a pessoa, na mais completa ignorância, teve que correr atrás de saber quem era para contar a vocês: é o cara. Arquiteto, designer, diretor artístico, designer gráfico, fotógrafo e cenarista. Isso tudo. Mas isso não é só. Ainda há o Arnaldo, sim, sim, o Antunes. Mantra, gente, com as palavras “língua” e “palavra” em vários idiomas. Do próprio homem. Para a gente ouvir no elevador. Pode?
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Pois então vamos ao primeiro andar. É um espaço dedicado às exposições temporárias – como a de Machado de Assis, em cartaz, coisa espetaculosa, que eu juro e prometo que conto já, e as de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, enfim.
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No segundo, do lado esquerdo, você dá de cara com uma mega tela de projeção. São imagens do cotidiano e da Língua Portuguesa em uso por pessoas de todos os tipos e todas as regiões do Brasil.
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Do lado direito, há uma linha do tempo, mostrando tintim por tintim a evolução do nosso idioma, dos primórdios à chegada da imprensa, com revistas, jornais, livros, histórias em quadrinho etc (e a pessoa que vos fala entusiasmada por demais). E, espalhados por todos os cantos, estão os totens com as influências das demais línguas no país (Francês, Espanhol, Inglês, Tupi, entre outras tantas línguas indígenas), palavras-cruzadas e tantas coisas legais que nem vou contar mais nada.
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Ah, mas ainda tem o terceiro piso! Que a minha pessoa só conheceu recentemente, ó. Lá você assiste a uma projeção no auditório de um filme curtinho, de 10 minutos apenas, sobre as origens da língua falada no Brasil. E ainda encontra a Praça da Língua, com projeções de imagens – nas paredes, no teto e pelo chão – e áudio, numa espécie de sarau poético, com música e tudo mais, que vale demais a pena ver e ouvir. Só digo isso.
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O Museu da Língua Portuguesa fica na Estação da Luz, que fica centro da cidade, hein desavisados? E é visita obrigatória para todas as pessoas. Eu acho. Porque, assim, é a história da nossa língua inteirinha que está lá, vivinha da silva. E pela bagatela de R$4,00 – melhor, dois contos se você for estudante e tal e coisa.

Importante, importantíssimo: O museu não abre às segundas. Quem estiver de bobeira nos outros dias, saca só o horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h às 18h (a bilheteria fica aberta até às 17h). O endereço? Praça da Luz, s/nº, Centro – São Paulo, SP.
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Uma olhadinha no site é coisa válida também.
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6 comentários:

Isabella Araújo (Zabella) disse...

PQP, Fernando Pessoa é o cara!
Eu quero ver isso...

Unknown disse...

Eu quero ver também, apesar de não ter esse amor todo que vcs, pessoas letradas tem pela lingua portuguesa. (nem amo outras tb hehe)mas quero ir...pra ficar um pouco civilizada.

Anônimo disse...

Bom demais, uma lição imperdível.

Unknown disse...

Vai atualizar mais não é???

Anônimo disse...

Eu vi a exposição do Guimarães Rosa no MAM quando fui ao Rio ano passado. E fiquei de bico quando li seu post - queria ver a de Clarice, minha paixão secreta!
Bom tê-la de novo na blogsfera - e eu atrasada nas notícias, não, o cão!
Beijos

εïз mi disse...

bella_vemtimbora!

mamis_mais uma vez veio e não fomos. foi só trabalho. não se esqueça que quem me deu à luz e as letras foi você!

pai, és tu, né?_imperdível mesmo

dindaline_clarice é apaixonante mesmo. e eu fiquei mordida por perder a espoxição de guimarães rosa no museu da língua portuguesa!

beijos