Pra enrolar peixe na feira, que nem jornal do dia anterior

Da série_Que PORRA é essa? (sim, o Coisas anda desbocado)

João Pessoa, Paraíba, 2004. Toda prosa. Assinatura do meu suado diploma de Bacharel em Comunicação Social - com Habilitação em Jornalismo.

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Grava esse nome: Gilmar Mendes. Presidente do STF e relator desse absurdo. Tatuou? Para ele, jornalista e cozinheiro é a mesma coisa. E essa "figura" (considere-o amaldiçoado até a nona geração, que eu invoco a minha liberdade de expressão, embora eles adorem meter um processo quando um jornalista solta o verbo... calúnia, injúria, difamação e blá) ainda há de aparecer por aqui no Coisas, estejam certos. Exigir o diploma é inconstitucional? Ah vá!

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Não, o apego não é ao pedaço de papel que me diz jornalista. O buraco é (bem) mais em cima. É o desregulamentar (existe essa palavra?) da profissão. Não é porque essa exigência tenha sido criada no Regime Militar que ela represente censura, gente, que ela acabe com a liberdade de expressão do povo brasileiro e, de novo, blá.

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Vamos combinar o seguinte, partindo dessa lógica absurda - absurda sim, sim e sim: parou com essa bobeira de diploma para os distintos senhores advogados. Pra quê, só me fala? Se eu sei ler, me basta abrir um código comentado e pronto - ou vai me dizer que não? A Constituição está aí para todos, dá-me o Mobral que eu te darei tua defesa!

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E pra ser juiz então, gente! Pra quê tanta prova (cinco etapas, não é isso?), quando me bastaria uma boa conduta, com papai e mamãe ensinando o que é certo e errado? Se é pra reduzir, se é pra dizer que um jornalista precisa do mesmo preparo de quem vai fritar um ovo (não desmerecendo a arte de fritar um ovo... tem gente que não sabe).

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Sim, radicalismo. E eu nem sou assim tão azeda, arisca (há quem discorde!). Então vamos deixar o aprofundamento para uma madrugada de menos ódio no coraçãozinho e mais argumentação.

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Tome nota: votaram contra a exigência do diploma, além do bonitão, as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, e os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Celso de Mello.

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A pergunta é: vai ficar por isso mesmo? Amém? Jura? Não creio. Não mesmo.

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