Faço listas de todas as coisas. Dos problemas e das (tomara!) soluções. E sabe o que eu andei matutando? A vida dá e tira, essa bandida. Vejamos os sonhos destroçados, em ordem de importância.
- Diploma: que vale porra nenhuma pro STF;
- Filho: que foi prometido, mas era mentira;
- Carteira de motorista: sim, tenho, mas cadê o carro, aquele pálio prata, tão a minha cara;
- Teto: ou aquilo mais poético que a gente chama de lar;
- Trabalho: o cazzo do falecido me deixou desempregada e ainda disse que eu não conseguiria me virar sozinha (é difícil, minha filha, vai fazer o quê quando precisar? Ligar pra mim, toda vez?). Pois aprendi, meu caro. Chupa essa manga;
- Marido: que vem com o pacote botar no papel, jogar buquê, lua de mel e blá;
Pânico. A pessoa tá quase respirando num saquinho de pão. Mas, calma, mis amores. Há a lista do bem, aquela que diz que no final tudo dá certo, a vida é bela e a noite é uma criança. Que ela, a vida, afinal, te dá de volta aquilo que, tiranamente, surrupia de você. Vamos ver o lado arco-íris da coisa, o pote de ouro e tal?
- Diploma: continua valendo porra nenhuma pro STF, mas fica lindo na parede. Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Comunicóloga, jornalista. Bacana;
- Filho: pensa bem... dos males, a minha cria não há de ter aqueles genes maledetos, que de bipolar eu me basto, vocês sabem (não me arrependo da experiência, mas você, caro falecido, me desperdiçou vários óvulos perfeitos. Deixa pra lá, né? Sem crise. Produção independente depois dos 30. E adoção. Adoção é importante);
- Carteira de motorista: a nova foto ficou um espetáculo;
- Teto: já falei pra vocês que o cafofo tem uma parede roxa? Roxa! Vocês creem? Pois tem! E há de ter portas também;
- Trabalho: virei redatora publicitária, trabalho com criação e não me falta pepino e piada o dia inteiro. A gente sofre, mas se diverte horrores;
- Ex-marido: nunca fez o meu tipo, me vendeu gato por lebre e deve ter feito uma macumba muito da forte pra ganhar meu coraçãozinho (amei um holograma amarelado que acabou o casório por telefone, pode?).
- Coraçãozinho: ganhei uma nova dor de amor, mas pelo menos o último carinha era o meu número (moreno, alto, bonito, sensual... e uma vaca!). Dessas dores de amor que servem, pelo menos, pra sentir que se está viva, colocando os pés pelas mãos novamente e, com plena e total consciência disso, você se joga. Estou desapegando e cuidando do jardim, das borboletas, me livrando dos cravos e das espinhas também (argh!). Tudo isso ao som de All by myyyyyyyyyself, don´t wanna be. Aaaaaaall by myself anymoooooooore. Visualiza.
Enquanto isso, penso em comprar um peixe. Um namorado. Que tal?
- Diploma: que vale porra nenhuma pro STF;
- Filho: que foi prometido, mas era mentira;
- Carteira de motorista: sim, tenho, mas cadê o carro, aquele pálio prata, tão a minha cara;
- Teto: ou aquilo mais poético que a gente chama de lar;
- Trabalho: o cazzo do falecido me deixou desempregada e ainda disse que eu não conseguiria me virar sozinha (é difícil, minha filha, vai fazer o quê quando precisar? Ligar pra mim, toda vez?). Pois aprendi, meu caro. Chupa essa manga;
- Marido: que vem com o pacote botar no papel, jogar buquê, lua de mel e blá;
Pânico. A pessoa tá quase respirando num saquinho de pão. Mas, calma, mis amores. Há a lista do bem, aquela que diz que no final tudo dá certo, a vida é bela e a noite é uma criança. Que ela, a vida, afinal, te dá de volta aquilo que, tiranamente, surrupia de você. Vamos ver o lado arco-íris da coisa, o pote de ouro e tal?
- Diploma: continua valendo porra nenhuma pro STF, mas fica lindo na parede. Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo. Comunicóloga, jornalista. Bacana;
- Filho: pensa bem... dos males, a minha cria não há de ter aqueles genes maledetos, que de bipolar eu me basto, vocês sabem (não me arrependo da experiência, mas você, caro falecido, me desperdiçou vários óvulos perfeitos. Deixa pra lá, né? Sem crise. Produção independente depois dos 30. E adoção. Adoção é importante);
- Carteira de motorista: a nova foto ficou um espetáculo;
- Teto: já falei pra vocês que o cafofo tem uma parede roxa? Roxa! Vocês creem? Pois tem! E há de ter portas também;
- Trabalho: virei redatora publicitária, trabalho com criação e não me falta pepino e piada o dia inteiro. A gente sofre, mas se diverte horrores;
- Ex-marido: nunca fez o meu tipo, me vendeu gato por lebre e deve ter feito uma macumba muito da forte pra ganhar meu coraçãozinho (amei um holograma amarelado que acabou o casório por telefone, pode?).
- Coraçãozinho: ganhei uma nova dor de amor, mas pelo menos o último carinha era o meu número (moreno, alto, bonito, sensual... e uma vaca!). Dessas dores de amor que servem, pelo menos, pra sentir que se está viva, colocando os pés pelas mãos novamente e, com plena e total consciência disso, você se joga. Estou desapegando e cuidando do jardim, das borboletas, me livrando dos cravos e das espinhas também (argh!). Tudo isso ao som de All by myyyyyyyyyself, don´t wanna be. Aaaaaaall by myself anymoooooooore. Visualiza.
Enquanto isso, penso em comprar um peixe. Um namorado. Que tal?
2 comentários:
ha ha ha... eu adorei: "e nem era meu número!!" sabe que o meu tb não era??
vou te mandar um e-mail. posso né?
beijos
como é que pode, hein? a pessoa sofrer tanto por uma pessoa que nem é o seu número? que a gente teve que olhar a segunda vez pra se deixar levar (rsrs) c´est la vie!
beijos
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