sexta-feira, 25 de março de 2011

Agora é assim: sexta-feira, duas rodas.

Quem conhece a coisadinha aqui sabe que ela não curte muito esse negócio de moto. Pois ela, que sou eu, comprou (comprei, compramos) uma moto. E um capacete, que é pra andar em cima da danada da moto.

Ando suspeitando que a rejeição por esse veículo deve ter raízes profundas. Não sei se chega a ser coisa de vidas passadas (sim, acredito em vidas passadas e condenem-me àlavontê aqueles que creem que só eles é que vão residir na morada do senhor, com todo respeito). Mas até o útero, ainda me arrisco!

Um passarinho chamado “mamis” me contou que, quando eu tava lá, “dentro da barriga dela”, o meio de transporte do casal Silva (hehehe eu não sou Silva) era uma motoquinha. Pensaí: dona Sol lá montada na moto, com um barrigão danado e essa lindeza de nariz arrebitado em formação lá dentro, chacoalhando que só ela (vai ver que esse gingado que faz até a loca, loca, loca da Shakira parecer uma piada veio daí) e seu Zé pilotando a lambretinha.

(Pode ser que não tenha sido tão-bem-assim, mas quem escreve aqui sou eu, já passou das 17h30 e ninguém mais manda nimim nem nas minhas vírgulas. É, é: nimim. Sem aspas. Só uso aspas se eu quiser! Rá!)

Para por aí não, hein? Ladeira abaixo, ladeira acima (seu Zé que se defenda no seu direito de resposta), e a belezura aqui, agora já do lado de fora, em ambiente terrestre e oxigenado, sem aquela aguacera toda que pelo menos amortecia os solavancos, ainda teve que dividir a garupa da moto com o irmão – esse sim ainda aproveitada o colchão de água da barriga da mamis.

Pois! Dois filhos, um ainda dentro da senhora sua então esposa barriguda (que devia era chingar horrores por dentro), e seu Zé querendo pagar de Marlon Brandon do Nordeste. Veio o ultimato então: ah, nêgo (eles se chamavam assim hahaha), dois filhos, uma moto, não dá né? pelamor!

Veio um fusquinha amarelo. E um troca-troca de carros que passou por monza, escort (é assim?) e outros que eu nem conheço, que carro pra mim é algo enigmático. Pois bem. Seu Zé tava feliz? Tranquilo? Nada... a idade do lobo foi chegando e, com ela, uma Kawasaki Ninja (uuuuuuuhhhhh). Agora f*, pensei eu, pensou ela, pensamos nós!

A minha carona pra casa era a sensação na hora da saída do colégio sempre que seu Zé me buscava. Os menininhos todos babando. Pela moto, claro. Nooooossa, essa moto do seu pai é muito "massa" - a gente usa "massa" por lá, tá massa?. E eu (pai, mãe, com licença da palavrinha) com o * na mão. Pode falar cu? Pode não né mãe? Mas era isso mesmo. Cu, cu, cu. Falei. Afff que libertador. Dá até vontade de acentuar, como uma amiga acentuou hoje, só pra dar mais ênfase ainda ao dito cu(jo).

Pronto. Crise de garupa resolvida. É isso. A culpa é sua, seu Zé! Que não me preparou pra ser garupa nas avenidas dessa vida bandida. Agora (es)tou eu aqui, de novo, toda trabalhada na tensão (calma, não vou mais falar que a tensão é no *), montada na garupa, tentando manter a compostura e fazendo parte do “bi bi bi bi bi bi” que todo paulistano conhece bem, toda-santa-sexta. Sã, salva e tensa!


Em tempo: que fique claro que namorido pilota é muito bem. O inferno são os outros, já disse alguém famoso - provavelmente em outro contexto.

7 comentários:

Jr disse...

Marlon Brando do Nordeste!!! rsrsrs
Filha amada, muito amada de pai, já que você se referiu ao dito cujo, vou dizer - usando os termos de Jessie Quirino (ótimo poeta popular nascido em Campina grande PB.) - que quem fica agora de monossílabo trancado sou eu sabendo que você está de moto, principalmente, nesse trânsito violento de São Paulo.
Que nossos amigos - com a permissão de Deus - possam te proteger e te incentivar a continuar escrevendo e nos encantando.
Te amo... Muito!

εïз mi disse...

"monossílabo trancado" hahahahahaha #jessiequirinofeelings

tia Kaká disse...

kkkkkkkkk
gostei de tudo que li,com tudo bem acentuado, pois "ele" sem acento nem é "ele".Só que faço minha as palavras de "seu Zé".
Deus e Mãe Rainha lhe proteja e guarde.
bjs

εïз mi disse...

tia kaká, bem-vinda de volta ao coisas! | poizé: tb acho que o monossilábico tem que ser acentuado, que é pra causar mais impacto!

Bruno R disse...

eu acho que cu tem que ter assento, não acento :)

εïз mi disse...

eu acho que o assento favorece mais às nádegas e às pernocas! =)

Antonio Mafra disse...

Só tu merrrmooo!