domingo, 1 de novembro de 2009

O tapete que acende a luz

No final de semana passado, fomos ao aniversário da minha prima. Sim, fomos. Nós dois: namorado e eu – desencalhei, gente! (love, love, love). Então. Fomos. A reunião foi na Vila Olímpia, no apartamento ultra mega blaster chiquetoso dela.

Só que este ano, além do namorado – ele bem foi avisado, hein? Da pernambucalhada que encontraria pela frente? –, a novidade foi a minha tia, que veio a São Paulo pela primeira vez a convite da sobrinha aniversariante.

Pois conversa vai, cerveja vem, conversa vem, tequila vai, e ela começa a contar sobre um evento que a tinha deixado intrigada: a luz que acendia sozinha.

É que lá em Catende, de onde a gente vem (e nem faz diferença quem nasceu em Palmares, Recife ou mesmo Campina Grande, que todo mundo veio mesmo foi de Catende), lá no interior de Pernambuco, não tem essas modernidades não. Pra acender a luz, você tem que apertar o pitoco (que é o interruptor). E a história foi mais ou menos assim:

Toda vez que a gente saia do elevador, a luz acendia. E eu ficava olhando pra mão de Alê (o marido da sobrinha), pra ver se ele apertava em alguma coisa. E nada. Ele deve apertar em algum botão, né? E eu não vejo? A porta do elevador abria e a luz acendia.

E, agora a noite, quando a gente foi descer, abri a porta, pisei no tapete e a luz acendeu sozinha. E eu, muito esperta, achei que tinha entendido, né?

- Já sei, madrinha! É o tapete! Toda vez que a gente pisa no tapete, a luz acende. É isso. Já descobri.

- Cláudia, não é o tapete. É o sensor! Cláudia, sensor, sensor, Cláudia! hahaha”

Risos, hein? Gargalhadas. A história foi contada quatro vezes e não perdeu a graça. E eu fiquei pensando: como danado ela conseguiu dormir sem descobrir como era que a luz se acendia?

Teve também a história da torneira do banheiro, que a água saía sozinha, do petit gateau, do chuveiro que não esquentava (se eu tomo banho fervendo em Catende, imagina num frio da muléstia desses!), da pizza com o nome estranho. Nada como descobrir as coisas, que nem criança.

E esse mundo moderno é mesmo o fim do mundo, hein tia Cacá? Quer coisa mais honesta que apertar o pitoco?


8 comentários:

jr disse...

Pois é filha, sendo COMO criança e não SENDO eternamente criança, vamos descobrindo a magia de encontrar a alegria nas coisas aparentemente pequenas.

.ailton. disse...

luz que acende sozinha? há! duvido!

Isabella Araújo (Zabella) disse...

apertar o pitoco... hahahahaha
:)

Rachel disse...

adorei! que bom que o Coisas voltou com tudo!

beijos

εïз mi disse...

voltou acendendo a luz sem apertar o pitoco! hahahaha

Unknown disse...

cadê josé damião?

Rérica disse...

E quem disse que só Alladin tem tapete mágico?!?! Os "Almeida" tb são especiais.
O nosso não sai do chão, em compensação tb nos leva ao mundo da "fantasia", da pureza, da magia.
Imagine só!!!! Um tapete que "dá" a luz!!! Nesses tempos de apagão... Sucesso geral!!!
E viva Tia KK!!!!!!!!!!

Tia Kaká disse...

Menina.. sabe porque conseguia dormir? porque foi tudo tão movimentado, tão bom, que esquecia do tapete, e me lembrava das coisas lindas que tinha visto.
Sabe do que esqueci de falar? dos homens de preto. hhahahah fica pra próxima tá?
Bjs
Deus te abençoe!