quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

E quando a gente vai à praia paulistana, meu?

Tudo começou na sexta-feira à noite, noitíssima, de um dia pra lá de longo (existe longuíssimo?): "Então, amor... é que o Gustavo convidou pra irmos à praia, vamos? Hum... Ah, vai ser legal... Amanhã? É melhor ir hoje, pra já amanhecer lá e não pegar trânsito. Hum... tá bom, vai... vou arrumar as coisas então.
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Depois de uma semana com novidades bem desestimulantes no trabalho, daquelas que dá vontade de estrangular um ser humano ou sair correndo, gritando e puxando os cabelos, tudo ao mesmo tempo, e de uma tarde cheia de tempestade, a pessoa aqui estava cansada, colegas. Muito cansada, só digo isso. Não queria mesmo pensar na possibilidade de dormir fora do cubículo do cafofo, de deixar o meu sofá-cama vermelho nada confortável, de desbravar as rodovias paulistanas. Queria era banho quente e cama! Se rolasse um jantarzinho (viu, ton? rsrs) gostoso antes, melhor ainda.
mmm
É revigorante encontrar o mar no final de semana. Ainda que seja outro. Aliás, melhor ainda que seja outro. E molhar os pés em água salgada novamente, sem ter que viajar mais de dois mil quilômetros pra isso e tendo como guia do litoral paulistano o melhor namorado da região (e o mais aquático também). E ver que Pernambuco está bem mais próximo do que se imagina: numa praia do Guarujá.
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m
Que é bonita por demais até, mas bem diferente da paisagem nordestina com a qual me deparei a vida inteira. Com aquele clima de serra, mas o mesmo sol de esquentar o crânio e a mesma água morna – que não deveria estar tão morna assim, pelo que soube – e a mesma areia escaldante. E o mar casado (será que é assim?), gente, que absurdo de tão romântico: casa, separa, casa, separa. Mas sempre casa de novo.

E, por mais estafada e ensolarada (a ressaca passou no domingo mesmo) que esteja, chegar ao trabalho (sem ter pensado nele nem por um segundo no final de semana) com ânimo de quem acaba de voltar de férias novamente. A vida até que pode ser mais leve – deixa só eu aprender a viver mais levemente pra vocês verem só! Dá até vontade de embarcar no projeto de comprar um barquinho, colocar o nome de Amelie (em homenagem à nossa gatinha, uma Sagrada da Birmânia que ainda nem existe) e sair por aí navegando, navegando, navegando.
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2 comentários:

.ailton. disse...

viver nao é preciso.

"Queria era banho quente e cama! Se rolasse uma comidinha gostosa antes, melhor ainda."

Que Bruno nunca leia o trecho acima, ou ele vai fatalmente fazer um trocadilho infame.

εïз mi disse...

pronto. trocadilho desfeito. mas que "comidinhas gostosas" vai virar uma série... ô se vai! rsrs